United Airlines vai encomendar 110 jatos Airbus e Boeing, dizem fontes
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Por Valerie Insinna
WASHINGTON (Reuters) - A United Airlines deve anunciar nesta terça-feira um pedido de 50 jatos 787 Dreamliner, da Boeing, e 60 jatos A321, da Airbus, disseram duas fontes com conhecimento do assunto à Reuters.
Airbus, Boeing e United não comentaram o assunto ao serem procuradas pela Reuters.
A demanda por jatos maiores de longa distância se recuperou para atender a viagens internacionais. No mês passado, a Air Canada comprou 18 Dreamliners e a Air France-KLM encomendou 50 Airbus A350s. Desde a pandemia, também houve um aumento na demanda por jatos menores, especialmente modelos como o A321, que dominou o mercado de aviões de corredor único.
Embora os gastos com viagens tenham permanecido robustos, apesar das perspectivas econômicas incertas, analistas não têm certeza de que os consumidores continuarão com demanda elevada por turismo se a economia norte-americana entrar em recessão.
Essa foi a segunda grande compra de aeronaves feita pela United desde o ano passado. As companhias aéreas têm feito encomendas com urgência e as carteiras de pedidos de Boeing e Airbus cresceram para entregas sendo colocadas para o final da década.
Em dezembro, a United Airlines revelou um grande pedido de 100 Boeings 787 Dreamliners e 100 737 MAXs para atender à demanda em um momento em que as restrições da pandemia diminuíam e a companhia aérea aproveitou para substituir aeronaves mais antigas e menos eficientes.
Na época, o pedido gerou preocupações sobre a saúde financeira da United Airlines. A empresa disse que espera receber cerca de 700 jatos até 2032. O custo pode chegar a 50 bilhões de dólares, de acordo com a corretora Jefferies.
Alguns analistas disseram que a escassez de novas aeronaves devido a uma cadeia de suprimentos com problemas preocupou as companhias aéreas, levando-as a fazer grandes pedidos de jatos.
'Há muitos aviões antigos que precisam ser substituídos. As companhias aéreas estão fechando bons negócios agora', disse Richard Aboulafia, diretor na AeroDynamic Advisories.
Escrito por Reuters
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