Viralizou: “Another One Bites The Dust” – Queen

Em inglês, a expressão “bite the dust” é usada para falar sobre alguma coisa quebrando, uma tentativa falha e até mesmo o ato de morrer – em português, seria algo como “mais um bate as botas”. É impossível ouvir essa frase sem pensar na icônica faixa da banda Queen.

A letra conta a história de um homem excêntrico que anda pela rua com um chapéu baixo e armado. A canção não é necessariamente inspirada em uma história real, mas sim um resultado de vários conceitos trabalhados por John Deacon.

O baixista do grupo foi responsável por escrever e arranjar um dos seus hits mais famosos. Deacon se inspirou depois de passar um tempo com os musicistas da banda Chic, bem na época em que compuseram “Good Times”. Isso explica a fusão entre rock e funk, além do baixo marcado.

Bernard Edwards, músico do Chic, chegou a criticar a abordagem da imprensa diante da troca de conhecimento entre os grupos. “A mídia começou a falar que nós havíamos copiado eles. Dá para acreditar? ‘Good Times’ saiu mais de um ano antes [de Another One Bites The Dust]”.

Nas gravações, Deacon tocou a maior parte dos instrumentos: as guitarras principais, piano e percussão. Brian May fez alguns efeitos também nas cordas, e Roger Taylor conduziu a bateria, que fica em loop durante a faixa.

Quando já estava tudo pronto, os britânicos sentiram que era melhor lançar a música somente com o álbum “The Game”. Entretanto, ninguém menos que Michael Jackson os fez mudar de ideia.

No início de 1980, Freddie Mercury e o Rei do Pop se aproximaram de forma intensa. Michael costumava ir nos shows da banda, e começou a incentivar Mercury a explorar novos territórios sonoros. Quando Deacon apresentou um riff no baixo diferente do que a banda já tinha produzido, parecia que tudo havia se alinhado.

Brian May recorda que o empurrão final veio de MJ. "Quando a canção ficou pronta, a mostramos para Michael Jackson. Ele aprovou na hora. Começou a balançar a cabeça para frente e para trás, e disse: 'É isso! Lance-a e ela estará no topo das paradas.'"

A faixa não surtiu tanto efeito no Reino Unido, mas foi um hit nas paradas dos Estados Unidos. Conquistou o primeiro lugar da Billboard Hot 100, e marcou presença também no top 5. Além disso, vendeu mais de sete milhões de cópias.

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