ANIVERSÁRIO ELLA FITZGERALD: CONFIRA A HOMENAGEM ESPECIAL DA ANTENA 1
CONHEÇA A TRAJETÓRIA DE UMA DAS MAIORES VOZES DO JAZZ
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"Eu canto o que sinto" - A frase que define bem quem foi de Ella Fitzgerald. Com 59 anos de carreira, a cantora de Jazz comoveu o mundo com o seu dom e estilo de interpretar as canções. Aprendendo música na prática, ela popularizou grandes correntes do gênero e se tornou uma referência no universo fonográfico. Hoje, no dia 25 de abril, a ‘Dama da Canção’ completaria 106 anos.
Com uma trajetória difícil, desde criança sofreu por conta do abandono do pai e falecimento da mãe aos 15 anos. Viveu por muito tempo, durante a adolescência, buscando formas de sobreviver os tantos desafios que a vida a proporcionou. Sempre criativa, Ella ganhava dinheiro dançando sapateado nas ruas e improvisando apresentações, passando a conquistar um pouco de independência.
Nesta época, aos 16 anos, com o pouco dinheiro que tinha, começou a fazer aula de piano com uma professora do Bronx, bairro onde morava em Nova Iorque. Essa mulher foi fundamental para a vida da artista já que a apoiava na realização de seu sonho. Isso sempre foi seu maior desejo. Se tornar uma cantora de sucesso. Suas maiores influências vinham das gravações de jazz de Louis Armstrong, Boswell Sisters e Bing Crosby.
Três anos depois de começar a trilhar sua carreira, no verão de 1938, Ella encontrou o verdadeiro sucesso. A canção de ninar do século 19 que foi atualizada por Van Alexander, “A-tisket A-tasket" teve um impacto grande com o público e atingiu o primeiro lugar na parada de sucesso estadunidense.
Um ano depois, Ella perdeu o seu parceiro de trabalho Chick Webb devido a tuberculose. Inicialmente, a cantora deu seus primeiros passos ao lado de Webb e seu grupo de Jazz. Quando o baterista faleceu, ela resolveu manter os músicos da banda unido, anunciando a nova formação como Ella Fitzgerald e sua orquestra.
Um dos grandes trabalhos que fez essa época foi uma parceria com o quarteto Ink Spots, com a música "Cow-Cow Boogie", que chegou ao Top 10 da Billboard. Mais tarde, em 1944, a mesma dupla alcançou o primeiro lugar com "Into Each Life Some Rain Must Fall" junto com "I'm Making Believe".
Para a sua gravadora Decca, perceber o sucesso que Ella teria se cantasse sozinha, demorou. Ao longo da década de 1940, abraçando cada vez mais o estilo bebop, a cantora sempre fazia shows junto com outros cantores e até então, o som que fazia, nunca chegava próximo a grandes vendas.
Tudo mudou em 1949, quando a cantora fez sua primeira aparição no ‘Jazz at the Philharmonic’. Esse momento marcou uma mudança radical em sua carreira. Deste ponto em diante, Ella elevou-se a um plano musicalmente superior. O álbum “Pure Ella”, que une grandes gravações dela nesse período, mostra que a cantora veio para fazer no mundo. Com gravações impressionantes de músicas de George Gershwin como “I’ve Got a Crush on You” e “Someone to Watch Over Me”, a cantora mostrou o seu brilho para o mundo.
Seu sucesso foi tanto que, depois de um tempo, em 1954, ela atingiu a venda de mais de 20 milhões de discos, o que a colocou ao lado dos cantores mais populares da época. Mas a situação se firmou totalmente quando Ella mudou de gravadora.
Anos antes, Frank Sinatra teve sérios problemas com a sua gravadora, diferente da cantora, e resolveu criar uma, chamada Verve Records. Depois, também por conta de dificuldades onde trabalhava, migrou para o selo do amigo e graças a esse novo ambiente passou de “A Primeira-Dama da Canção” para “A Voz do Jazz”.
Ao longo da carreira, Ella se juntou com grandes nomes e fez duetos que ficaram eternizados na história da música. Um dos mais conhecidos é com o trompetista e cantor Louis Armstrong, com quem gravou três álbuns de estúdio. “Ella and Louis” (1956), “Ella and Louis Again” (1957) e "Porgy and Bess” (1959) contém grandes interpretações dos dois.
Ella faleceu no dia 15 de junho de 1996 e transformou o mundo num lugar melhor por conta do seu mágico dom de cantar. Começando como uma artista de swing, mudando para o bebop e depois criando um scat perfeito, ela foi vocalista de jazz marcante e não teve medo de explorar e dominar as áreas em que se arriscou.
Do Blues à Bossa Nova, conquistou a todos com sua voz única, com um alcance de três oitavas e enunciação e dicção perfeita. Segundo Mel Tormé, um dos maiores cantores de Jazz da história, Ella pode ser considerada “a melhor cantora do planeta”. Sua trajetória será sempre uma eterna conquista para a música do mundo.
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