Artista da Semana: Shania Twain é destaque na programação

Shania Twain é uma verdadeira lenda do Country. A cantora foi uma das grandes responsáveis pela transformação do gênero e pela colocação feminina nesse meio predominantemente masculino. Com uma carreira consolidada e vários hits em sua discografia, a canadense é uma verdadeira lenda.

Shania Twain é nome artístico de Eilleen Regina Edwards, uma canadesnse nascida no dia 28 de agosto de 1965. Filha de pais separados, sua mãe se casou com um homem de nome Jerry Twain e, assim, adotou o sobrenome como artístico.

Desde a infância, Shania tinha muita consciência corporal e artística e já cantava em festivais locais. Logo, à medida que crescia e aperfeiçoava o seu talento, um caminho promissor para a carreira era quase certo. Mas nem tudo são flores. Em novembro de 1987, seus pais faleceram vítimas de um acidente de carro e assim, a vida de Shania Twain virou de cabeça para baixo.

Com apenas 21 anos na época, ela se viu abrindo mão da carreira que mal havia começado para cuidar dos irmãos mais novos. A jovem arrumou um emprego em um resort e por lá ficou durante quatro anos, até os irmãos se formarem.

À essa altura, a tão sonhada profissão de cantora já tinha ficado no passado, mas, com o incentivo de uma cantora country conterrânea, Shania Twain decidiu voltar a viver esse sonho.

Na década de 90, a aspirante percorreu uma série de gravadoras em busca de uma oportunidade. Em 1993, finalmente as coisas deram certo. Shania Twain debutou com um álbum autointitulado, que de cara não agradou muito o público da época.

O disco vendeu inexpressivas 100 mil cópias. Mas, isso era apenas o começo. As faixas rejeitadas pelas rádios, foram abraçadas pelas televisão, e o universo do entretenimento vivia um momento de mudança devido à ascensão da MTV.

Depois desse começo morno, Shania Twain precisava de um projeto mais engajado para se dar bem na indústria, e foi justamente isso que aconteceu quando ela conheceu o produtor Robert John "Mutt" Lange. O britânico produziu o segundo álbum da cantora, “The Woman in Me”, e ainda engatou um relacionamento com a artista, que logo virou casamento.

“The Woman in Me” foi uma verdadeira virada de chave na carreira de Shania Twain. O disco liderou a lista de álbuns Country mais vendidos por meses, alcançando a quinta posição da Billboard 200.

Foi ainda com esse álbum que a artista conquistou o seu primeiro Grammy. Na edição de 1995, a cantora foi indicada a quatro categorias: Artista Revelação, Melhor Música Country e Melhor Performance Vocal Country Feminina por “Any Man Of Mine”, e Melhor Álbum de Country, que foi a única que venceu.

Depois do estrondoso sucesso de “The Woman in Me”, a pressão em cima de Shania era muito alta, mas a cantora conseguiu se superar! Em 1997, chegou “Come On Over”, o álbum que elevou o nome de Shania Twain a título de diva.

Foi com esse projeto que a cantora lançou os maiores sucessos da carreira, como "You're Still the One", "Don't Be Stupid", "You've Got a Way", e claro, a canção com a introdução mais famosa do mundo: "Man! I Feel Like a Woman".

A consolidação de Shania Twain no pop comercial foi evidente em sua aparição na primeira edição das Divas VH1, em 1998, um concerto onde ela cantou ao lado de Mariah Carey, Celine Dion, Gloria Estefan e Aretha Franklin.

Com a virada do século, Shania Twain se afastou da vida pública para se concentrar na maternidade. Em 2001, nasceu Eja Lange, seu primeiro e único filho.

Em novembro de 2002, a cantora retornou com a coletânea “Up!”, um álbum que levou cinco anos para ser produzido e permaneceu por cinco semanas no topo das paradas. E depois do fenômeno viral que se tornou o seu último disco, as expectativas para que “Up!” superasse “Come On Over” vieram com força total.

Essa expectativa do público não se concretizou, mas o álbum foi bem recebido pela crítica. No Grammy Awards de 2003, Shania recebeu três indicações: Melhor Álbum de Country, Melhor Performance Vocal Country Feminina e Melhor Canção de Country, por “Forever and For Always”.

Ainda em 2003, a cantora iniciou a turnê Up! World Tour, com shows nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Austrália. Ao todo, Shania lucrou mais de 80 milhões de dólares e consagrou essa a turnê como uma das mais bem sucedidas já realizadas por uma artista feminina.

Após “Up!”, a cantora passou um bom tempo sem lançar material inédito, o que mexeu com o coração dos fãs na época. Em contrapartida, a sua imagem já estava para lá de consolidada e grandes oportunidades começaram a surgir para além da música.

À exemplo, em 2010, as Olimpíadas de Inverno aconteceram no Canadá, país de origem de Shania Twain, e a cantora foi uma das convidadas para carregar a clássica tocha olímpica.

Em 2012, a artista anunciou que faria uma residência de shows em Las Vegas. “Shania, Still the One” ficou em cartaz durante dois anos e foi nesse período que a cantora se sentiu mais inspirada para compor.

Então em 2017, finalmente saiu “Now”, primeiro álbum inédito de Shania em 15 anos. Na época, o comeback da cantora deu o que falar e desbancou nomes jovens do pop como Demi Lovato e Miley Cyrus, que lançaram projetos no mesmo dia da diva country.

Como todo bom projeto, “Now” veio acompanhado de turnê, que inicialmente aconteceria só na América do Norte. Mas, Shania Twain e sua equipe decidiram atender um pedido antigo dos fãs e vir ao Brasil. A cantora se apresentou na Festa do Peão de Barretos, e fechou o maior público de toda a turnê, com 100 mil pessoas assistindo.

Depois, Shania Twain anunciou mais uma residência em Las Vegas. Desta vez, nomeada de Let's Go, os shows aconteceriam entre dezembro de 2019 e junho de 2020; mas como tudo que estava previsto para acontecer em 2020, teve que ser cancelado por conta da pandemia do Covid-19.

Esse período de reclusão da quarentena, possibilitou momentos de florescimento criativo para Shania Twain. A cantora aproveitou a fase de isolamento para compor “Queen Of Me”, sexto álbum de estúdio, que saiu em 2023.

Confira a entrevista exclusiva de Shania Twain para a Antena 1:

Aos 57 anos, Shania Twain carrega o título de uma das maiores vozes femininas no Country. Com poucos, mas sólidos hits, seu nome ecoa até os dias de hoje.

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