Nova York e a reinvenção do Jazz
Ritmo passou por uma transformação na ilha de Manhattan
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“Selva de concreto onde os sonhos são construídos”. É assim que a cantora Alicia Keys define Nova York na letra de sua famosa canção “Empire State Of Mind”; e o tempo já provou que essa frase não é uma hipérbole.
Quando pensamos na história da música, não há como separar Nova York da expansão da indústria musical. Talvez a mais artística de todas as cidades do mundo, a ilha de Manhattan foi palco de diversas composições, videoclipes e difusão de ritmos, entre eles, claro, o Jazz.
Durante a década de 1920, Nova York serviu como centro da indústria musical. As gravadoras e estações de rádio mais importantes do período endereçavam à Manhattan.
Mas, quando falamos especificamente do Jazz, não podemos dar as glórias do surgimento desse gênero à Nova York. O ritmo nasceu em Nova Orleans, envolvido nas raízes norte-americanas e muito atrelado ao Folk. Entretanto, quando o Jazz tomou conta dos ouvidos dos nova-iorquinos, a história foi um pouco diferente.
O Jazz de Nova York surgiu de um contexto social um tanto quanto diferente, intimamente ligado ao negócio da música. Durante as primeiras duas décadas do século XX, o cenário musical nova-iorquino incorporou diversos gêneros que foram precursores de um estilo peculiar de Jazz, popularizado em duas facetas distintas.
Como estamos falando de Nova York, não há como separar o ramo da música da grandiosidade da Broadway. A tendência musical desse tipo de Jazz era enviesada para as apresentações do gênero teatral Vaudeville e os clássicos shows da Broadway.
A outra vertente do Jazz de Nova York era uma mistura singular dos gêneros Ragtime e Blues, prenúncio do que posteriormente ficaria conhecido como "Era do Jazz". Foi nesse contexto que popularizaram-se os cabarés e salões de dança, onde pianistas solo tocavam sob uma atmosfera mais informal, principalmente em eventos sociais.
Desse período, grandes nomes destacam-se, como o pianista Thomas “Fats” Waller, responsável por mesclar ritmos como Ragtime, Blues e Vaudeville ao piano, e também James Price Johnson, que ajudou a conceber um novo estilo de tocar piano - conhecido como stride - no final da década de 1910 e, assim, criou o berço do Jazz nova-iorquino.
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