B.B King e Fleetwood Mac: um dos maiores 'crossovers' da história
Há 54 anos o guitarrista de blues e a banda de rock se juntaram no Royal Albert Hall
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Quando se trata de apresentações ao vivo, BB King, considerado um dos maiores guitarristas do mundo, tinha muito o que ensinar e inspirar. Marcou todos os lugares em que passava, por conta de seus altos padrões de shows na estrada. Teve um período de performances ao vivo de mais de 65 anos de carreira. Então, dá para entender o peso que era estar na presença desse astro no palco.
O ano de 1969 foi um dos anos mais fundamentais para a carreira do guitarrista. Naquele final de década, o esforço e dedicação do músico finalmente estava sendo recompensado: lhe foi oferecida a vaga de abertura na turnê americana do Rolling Stones. Com a concentração de um público maior e mais jovem, o músico se viu num lugar privilegiado para mostrar que tipo de artista era.
Contudo, antes desse momento, King também tinha tido uma grande oportunidade. Em 22 de abril daquele mesmo ano, ele conseguiu iniciar sua primeira turnê pelo Reino Unido. Então, aos 43 anos, conseguiu fechar um show de estreia no Royal Albert Hall e com o Fleetwood Mac como convidados especiais. O público do salão de espetáculo britânico incluía a roqueira Janis Joplin, que havia tocado lá na noite anterior.
Peter Green, que admirava muito King e vice-versa, tocou no álbum “BB King In London” de 1971. BB demorou 18 anos para voltar a tocar no espaço em Londres, onde fez dois shows esgotados durante a agenda implacável que o obrigaria a fazer até 300 shows por ano.
Numa resenha do show de 1969 escrita para o London Evening Standard, Ray Connolly escreveu: “BB King, agora considerado por alguns como o maior guitarrista de blues vivo, deu seu primeiro show em Londres na noite de terça-feira passada. Este é o momento para todos os homens do blues. BB King no palco sob a cúpula petrificada do Albert Hall pendurada com suas estalactites acústicas: ele está trabalhando em sua própria agonia pública, seu rosto sentindo cada nota”.
Ainda naquele ano marcante, King também estaria em ascensão por conta do lançamento da música que se tornou sua assinatura mais conhecida, “The Thrill Is Gone”. Futuramente, seria vencedor do Grammy e um dos homenageados no Grammy Hall of Fame por conta dela.
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