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Bob Dylan Lança Nova Versão de 'The Complete Budokan 1978'

O álbum captura um momento único de metamorfose do músico

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Bob Dylan Lança Nova Versão de 'The Complete Budokan 1978'.Divulgação
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‘The Complete 1978’ é um dos álbuns ao vivo mais "polêmicos" de Bob Dylan que desafia a máxima de que "menos é mais". Enquanto o lançamento original de 1978, apresentava 23 músicas selecionadas de seus shows no Nippon Budokan de Tóquio, o cantor acaba de lançar uma nova edição que consiste em 58 músicas, abrangendo cada show na íntegra, do início ao fim.

‘The Complete Budokan 1978’.Divulgação
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Este período representou uma transição peculiar para Dylan após a inovadora Rolling Thunder Revue – sua a turnê de concertos de 1975 e 1976. O artista, inspirado pelo espírito punk, optou por uma abordagem teatral e showbiz em sua turnê pelo Japão. O álbum reflete não apenas a musicalidade, mas também os conflitos pessoais de Dylan, incluindo o fim de seu casamento, a produção de "Renaldo and Clara", e o impacto emocional da morte de Elvis Presley em 1977.

Bob Dylan no Rolling Thunder Revue.Diulgação
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Depois de tudo isso, Dylan começou a refletir sobre seus próximos passos, delineando planos que envolviam a formação de uma banda para suas extensas turnês mundiais, incluindo os primeiros espetáculos marcados no Japão. Inspirado pelas extravagâncias de Elvis nos anos 1970, ele buscou uma abordagem mais teatral e voltada para o showbiz, com uma ênfase especial em cantoras de apoio femininas e uma seção de sopros, semelhante à Rolling Thunder Revue, mas menos ousada.

Ao chegarem ao Budokan, a "orquestra", como Dylan apelidou a banda, transformou suas canções mais conhecidas em verdadeiros números musicais. As interpretações de faixas como "Maggie's Farm", "Going Going Gone" e "I Shall Be Released" evocavam a atmosfera das produções da Broadway, com arranjos dramáticos e refrões vocais que construíam um arco narrativo secundário às letras de Dylan. A precisão vocal de Dylan e das cantoras de apoio, Debi Dye, Jo Ann Harri e Helena Springs, aliada a uma propulsão rítmica, conferia movimento e carga emocional às performances.

Diferentemente dos gritos da antiga turnê, o estilo de canto de Dylan nestes shows era mais contido, porém igualmente apaixonado e comprometido. Em meio a músicas que poderiam representar um desafio emocional para um recém-divorciado, ele incorporava versões melancólicas de faixas do álbum "Blood on the Tracks," refletindo sobre um relacionamento vacilante. Essas escolhas direcionavam suas músicas para trajetórias convincentes e emocionalmente envolventes.
Além disso, havia nuances contemporâneos distintos presentes. Surpreendentemente, o reggae ganhou destaque em um arranjo de "Don't Think Twice, It's Alright", possivelmente refletindo a ascensão de Bob Marley e dos Wailers na época, embora a flauta de Steve Douglas permaneça como o instrumento principal.

O saxofone de Douglas, as partes de guitarra de Billy Cross e os teclados de Alan Pasqua lançam uma sombra influente, associada à E Street Band de Bruce Springsteen. Junto com isso, se influenciou na "fusão" explorada por Miles Davis em álbuns como "Bitches Brew", faixas como "Oh, Sister" e "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)" parecem extrair suspense, incerteza e ataques sonoros crescentes que estavam em voga.

The Complete Budokan 1978 é um tesouro envolvente, oferecendo uma visão íntima de Dylan em um momento de inquietação, coração partido e busca por novas musas e sons. Esta turnê foi um trampolim para uma época transformadora, marcando Dylan como um artista ousado, sempre disposto a testar novas ideias e desafiar seu público.

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SHOWS DE NORAH JONES NO BRASIL CELEBRAM BOA FASE DA CANTORA

Prestes a iniciar sua quinta passagem pelo Brasil, Norah Jones vive um dos momentos mais inspirados de sua carreira. Após conquistar o Grammy de Melhor Álbum Vocal Pop Tradicional com Visions, lançado em março de 2024, a artista reafirma seu espaço como uma das vozes mais singulares e consistentes da música contemporânea.

Norah Jones vive novo auge criativo com “Visions”

Produzido em parceria com Leon Michels, Visions apresenta uma fusão elegante de jazz contemporâneo, soul e baladas suaves, reafirmando o estilo inconfundível de Norah. Entre as faixas mais ouvidas nas plataformas de streaming estão “Running”, “Staring at the Wall” e “Paradise”, que estarão no repertório da turnê.

Além do novo álbum, Norah Jones também se destacou recentemente com seu podcast Playing Along, onde conversa com músicos sobre criação artística. O projeto vem ampliando sua base de fãs e aproximando a artista de um público mais jovem, sem perder a essência que marcou sua trajetória desde o sucesso de Come Away With Me (2002).

A herança musical familiar

Filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, Norah carrega uma herança musical diversa e profundamente enraizada em tradições do mundo todo. Embora tenha seguido um caminho distinto ao do pai, seu domínio do piano, sua habilidade como compositora e sua busca por autenticidade refletem uma sensibilidade herdada e cultivada ao longo da vida.

A relação de Norah Jones com o Brasil

A conexão da artista com o Brasil vai além da música. Sua mãe, a produtora e dançarina Sue Jones, morou no Rio de Janeiro durante os anos 1960, período em que teve contato próximo com a cena artística brasileira e desenvolveu um forte apreço pela cultura local — algo que Norah cresceu ouvindo em casa e que influencia sua visão musical até hoje. Essa forte relação emocional tem sido parte da experiência da artista com o público local.

“Sinto que o público brasileiro escuta com o coração”, disse Norah em recente entrevista. “Sempre me emocionei aqui.”

Um novo reencontro com os fãs brasileiros

Norah retorna ao país com apresentações marcadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba, celebrando não apenas seu novo trabalho, mas também o reencontro com um público que a acompanha desde os tempos de Come Away With Me, seu icônico álbum de estreia de 2002.

Datas e Locais:

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