Carrefour Brasil tem alta de 3,6% em vendas no 1º tri; adia assembleias
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SÃO PAULO (Reuters) -O grupo Carrefour Brasil anunciou no domingo que teve vendas brutas no primeiro trimestre de R$28,8 bi, incluindo combustíveis, alta de 3,6% sobre um ano antes, segundo fato relevante ao mercado.
A companhia apurou alta de 5,7% nas vendas mesmas lojas consolidadas, excluindo efeitos de calendário, com destaque para expansão de 6,9% na operação do Atacadão e de 4,4% nos supermercados da marca Carrefour.
No Atacadão, o Carrefour Brasil afirmou que 'a inflação alimentar acelerou ao longo do trimestre, contribuindo para os volumes positivos do segmento B2B, dada a tendência de estocagem dos clientes em períodos de pressão inflacionária e apesar do efeito calendário', em que as vendas da Páscoa de 2024 foram concentradas no primeiro trimestre.
No trimestre, o Carrefour Brasil abriu uma loja do Atacadão e adicionou uma loja de atacado de distribuição à rede.
ADIAMENTO
A empresa também anunciou o adiamento de assembleias ordinária e extraordinária de acionistas, de 17 de abril para 29 do mesmo mês.
'O adiamento foi determinado no melhor interesse dos acionistas e demais 'stakeholders' da companhia, tendo em vista que as deliberações a serem tomadas na assembleia geral extraordinária da companhia convocada para o dia 25 de abril poderão impactar a decisão dos acionistas sobre a ordem do dia da AGOE', afirmou o Carrefour, em fato relevante separado ao mercado.
A matriz do Carrefour fez proposta para tirar a subsidiária brasileira da bolsa e tornar a empresa subsidiária integral.
Segundo os analistas do Citi, 'todos os olhos estão sobre a assembleia do dia 25, que deve disparar a deslistagem' da empresa. Os analistas citaram ainda que, para as operações de supermercados do Carrefour Brasil, a leitura dos investidores sobre os números apresentados para o primeiro trimestre é 'levemente negativa', uma vez que confirma grande impacto de efeitos de calendário, apesar da elevada inflação de alimentos.
Já a equipe do Safra mencionou que a performance de vendas do grupo no trimestre foi 'neutra', praticamente dentro do esperado pelos analistas do banco.
'Entretanto, não esperamos qualquer reação das ações no pregão de hoje, já que o papel deve operar alinhado com a proposta de deslistagem ao preço de R$8,50 por ação'.
(Por Alberto Alerigi Jr., com reportagem adicional e edição de Paula Arend Laier)
Escrito por Reuters