Chefe da junta de Mianmar pede unidade e diz que militares mantêm poder 'temporariamente'
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(Reuters) - O general que governa Mianmar disse nesta quarta-feira que a junta militar está mantendo o poder apenas temporariamente com o objetivo de fortalecer a democracia, e pediu a união entre o povo e os militares para combater grupos armados que tentam atrapalhar os planos de realizar uma eleição.
Ao discursar em um desfile anual do Dia das Forças Armadas, o general Min Aung Hlaing, que liderou um golpe em 2021, disse que seus oponentes estão recebendo apoio estrangeiro e tentando destruir o país e frustrar os planos de retornar Mianmar ao regime democrático.
'Os militares, a força policial e a milícia popular estão trabalhando para restaurar a paz e a estabilidade', disse ele a centenas de soldados na capital Naypyitaw. 'Precisamos ter unidade entre os militares e o povo.'
Os militares estão enfrentando seu maior desafio desde que assumiram o poder na ex-colônia britânica em 1962, lutando em várias frentes para conter as revoltas em várias partes do país e estabilizar uma economia que murchou desde o golpe.
Mianmar está envolvida em uma guerra civil entre os militares, de um lado, e, de outro, uma aliança frouxa de rebeldes de minorias étnicas e um movimento de resistência armada gerado a partir da sangrenta repressão da junta aos protestos contra o golpe.
Os militares foram acusados por ativistas e alguns países ocidentais de cometer atrocidades sistemáticas em seus esforços para reprimir a rebelião, com o uso generalizado de ataques aéreos e artilharia pesada em áreas civis e alegações de prisões arbitrárias, tortura e execuções.
A junta rejeitou essas acusações como falsas.
(Reportagem da Reuters)
Escrito por Reuters
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