Curiosidades: Parceiras musicais que marcaram a trajetória de George Benson
O artista norte-americano é um dos guitarristas de Soul mais renomados de sua geração
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George Benson é um guitarrista dez vezes vencedor do Grammy e uma das figuras mais influentes do mundo do Jazz e Soul. Ao longo de sua carreira de quase 60 anos, ele já fez parceria com dezenas de artistas, entre eles, ícones da música. Conheça quatro parceiras marcantes na trajetória do artista.
Stevie Wonder
Em 1976, ainda no início de sua carreira, George Benson apareceu como músico e backing vocal na música de Stevie Wonder “Another Star”. A canção de 8 minutos e 28 segundos conta com artistas excepcionais, escolhidos rigorosamente por Stevie – em um de seus projetos mais renomados. Além de tocar com um dos maiores cantores de todos os tempos, George teve a oportunidade de performar com a flautista de jazz Bobbi Humphrey, que aparece no final da faixa. Ela foi nomeada a Melhor Instrumentista Feminina pela revista Billboard em 1976.
A participação de Benson é destacada por volta do trecho 3:09 da música, quando ele entra num solo de guitarra. Ele também assume a dispersão vocal por volta de 6:37, por mais de um minuto e meio, até o fade out no encerramento da canção.
Miles Davis
A relação entre o trompetista Miles Davis e George Benson pode ser definida como a de mestre e seu pupilo. Davis abriu as portas para o guitarrista, principalmente por conta do fascínio que ambos tinham em comum pela sonoridade da guitarra elétrica. Quando se referindo ao amigo, Benson afirma que: "Miles era um cara que provavelmente tinha a maior visão de qualquer um dos músicos dos tempos modernos. Ele podia ver nas pessoas um potencial anos-luz além do que poderíamos imaginar ser”.
E a habilidade de Miles foi tamanha que ele convidou um jovem, Benson, em meados da década de 60, para participar da faixa “Paraphernalia”, no projeto “Miles in the Sky” (1968). Esta foi a primeira vez que o trompetista colocou uma guitarra elétrica em uma de suas obras. O guitarrista descreve a experiência como “inacreditável porque nunca imaginei que essas coisas poderiam acontecer comigo. [...] Foram dias muito bons para mim e que agregaram muito conhecimento ao que acabou sendo minha carreira”.
Quase dez anos depois, Benson participou de um outro disco do artista, “Circle in the Round” (1979).
Quincy Jones
“Você quer fazer o maior disco de jazz do mundo – ou ir para um modo de ataque e chocar a todos?”, foi assim que Quincy Jones começou a reunião com George Benson. Em 1980, Jones estava procurando artistas para o seu novo selo, Qwesr Records, e Benson estava à procura de alguém para o ajudar a desenvolver um novo álbum. O guitarrista, como o mundo todo, tinha visto o que o protutor tinha feito com Michael Jackson em “Off the Wall” (1979). Este que simplesmente é o prepulsor de gigantescos sucessos da carreira de Michael, como “Don’t Stop Till You Get Enough” e “Rock With You”. Então, durante a discussão sobre qual caminho o novo projeto tomaria, George respondeu à pergunta de Quincy com palavras certeiras: “Chocar a todos”.
E dito e feito: desta parceria saiu um dos maiores álbuns de Soul e Jazz, “Give Me The Night”. As faixas “Off Broadway” e “Love X Love”, além da música que dá nome ao álbum, conquistaram o mundo e renderam ao duo três Grammys e um certificado de platina pela RIAA.
Ivan Lins
Se a música popular brasileira é amplamente reconhecida no exterior, muito disso se deve a artistas como Ivan Lins. A influência do cantor e pianista é tão grande que ele desenrolou uma grande carreira nos Estados Unidos, onde lançou um álbum com parceria de Quincy Jones e com composições autorais cantadas por nomes como George Benson.
“Dinorah, Dinorah”, faixa que está presente em “Give Me The Night”, é a letra do brasileiro que Benson gravou em 1980. A melodia foi composta primeiro, no final de 1976, num piano Gaveau, na casa de Dona Edith, a ex-sogra do cantor e compositor, onde ele afirma que quando a música estava sendo feita “sempre me vinha a frase ‘Ah, Dinorah, Dinorah’”. Usando um simples gravador de teclas, Lins fez uma canção que George Benson e o público internacional desfrutaram.
Em 1985, o brasileiro dividiu o palco da primeira edição do festival Rock In Rio com Benson, e 28 anos depois, em 2013, eles fizeram um novo espetáculo. Neste último, no final do show, o guitarrista se emocionou com o reencontro e destacou a importância do músico brasileiro na indústria fonográfica nacional e internacional.
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