David Bowie Quase Formou uma Banda com Lennon e McCartney?
Conheça a história da madrugada em que três lendas do rock quase uniram forças e mudaram a trajetória da música
Publicada em
Imagine o impacto de uma banda composta por David Bowie, Paul McCartney e John Lennon. Esse sonho quase se concretizou numa noite de 1974 - há literalmente 50 anos atrás - durante uma improvável reunião no Hotel Pierre, em Nova York, onde o "Camaleão do Rock" estava hospedado enquanto tentava se recuperar da sua vida frenética.
Conforme Bowie relembrou em entrevista a Marc Riley, da BBC6 Music, ele estava em sua suíte, por volta das três da manhã, quando ouviu uma batida na porta. Ao abrir, deu de cara com Lennon e McCartney, uma visão quase surreal para um fã como ele. “Acho que foi a primeira vez que eles se reencontraram”, explicou Bowie sobre os ex-membros dos Beatles. Ainda surpreso, ouviu Lennon dizer: “Você não vai acreditar em quem eu trouxe aqui”. Aquele encontro inesperado era o prelúdio de uma longa conversa sobre música, influências e uma amizade que se aprofundava entre eles.
O trio, entusiasmado pela atmosfera da madrugada, começou a imaginar como seria um grupo em conjunto. Os ex-Beatles, ainda em sintonia após anos de carreira juntos, propuseram que se unissem a Bowie para formar um trio inédito. “Eles realmente me perguntaram se eu me juntaria a eles, e poderíamos ser ‘David Bowie and The Beatles’”, disse Bowie, acrescentando que os dois adoraram a ideia de ‘DBB’ como um nome para o projeto. A proposta soava ousada, e, naquele momento, até parecia possível.
Porém, como tantas ideias de madrugada, essa também se esvaiu com o nascer do dia. "A manhã chegou, e nada aconteceu", relembrou Bowie, quase resignado com o quanto o projeto era bom demais para se tornar realidade. No entanto, o impacto emocional daquele encontro foi duradouro. Bowie, que idolatrava Lennon desde jovem, descreveu a noite como um dos momentos mais gratificantes de sua vida, repleta de diálogos sobre o que o rock representava para cada um.
Para Bowie, Lennon não era apenas um músico; ele era um pioneiro que explorava as fronteiras do mainstream sem deixar de lado o experimentalismo. “Ele era o melhor que alguém poderia ser no rock ‘n’ roll”, afirmou Bowie. Ele buscava ideias na vanguarda, mas aplicava essas ideias de forma que a massa pudesse entender e admirar. “Eu achava isso incrivelmente admirável — fazer arte para as pessoas, sem torná-la elitista”.
Embora o supergrupo tenha sido apenas um sonho efêmero, Lennon e Bowie continuaram sua conexão musical. Pouco tempo depois, colaboraram no single “Fame”, uma faixa do álbum “Young Americans” que se tornaria um dos maiores sucessos da carreira de Bowie. Lennon contribuiu nos backing vocals e no desenvolvimento criativo. Essa parceria simbolizava não apenas o respeito mútuo, mas uma convergência entre ídolo e discípulo, ambos obcecados por reinventar o rock.
A noite em que ‘The DBB’ foi imaginado permanece como uma lenda entre os fãs. Bowie saiu com a lembrança de um momento único: a oportunidade de discutir, criar e compartilhar ideias com as mentes que mais o influenciaram.
Veja também:
PARTICIPE DA PROMOÇÃO “OUÇA E CONCORRA”!
A Antena 1 Quebra Recorde: São 5 Milhões de Ouvintes no Brasil
Descontos especiais para distribuidores
SALA DE BATE PAPO