New Hampshire traz resultados mistos para disputa republicana
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Por James Oliphant
Nem Donald Trump e nem Nikki Haley conseguiram o que queriam em New Hampshire nesta semana. Trump mobilizou suas forças para dar um golpe fatal em Haley no primeiro confronto direto, o que não ocorreu.
Haley precisava ter encerrado mais próxima de Trump para construir sua imagem de candidata viável para a indicação do Partido Republicano à eleição presidencial. Ela ficou 11 pontos percentuais atrás do ex-presidente, resultado turvo que não trouxe muita clareza à disputa.
Trump pareceu mais irritado do que aliviado com sua vitória. Haley pareceu pronta para seguir em frente. E ambos pareciam dispostos a sair de New Hampshire o mais rápido possível na noite de terça-feira.
Agora, após uma breve parada em Nevada em 8 de fevereiro, a batalha da indicação será transferida para o Estado natal de Haley, Carolina do Sul, governado por ela entre 2011 e 2017.
Trump é o favorito para vencer as primárias de 24 de fevereiro, mas Haley tem um mês para fazer campanha, arrecadar dinheiro, veicular anúncios na televisão e aparecer no noticiário o máximo possível.
Ela também não tem mais a concorrência do governador da Flórida, Ron DeSantis. DeSantis abandonou a campanha no último domingo e deixou Haley na posição que ela queria: única desafiante que resta para enfrentar Trump. As próximas semanas dirão se ela conseguirá aproveitar a vantagem.
Enquanto isso, do lado democrata, o presidente Joe Biden evitou uma derrota embaraçosa para Dean Phillips, parlamentar de Minnesota.
Apesar de não estar na cédula devido à decisão de New Hampshire de realizar a primária à revelia das regras do partido, eleitores podiam escrever o nome de Biden por conta própria no papel e ele venceu Phillips com tranquilidade, poupando sua campanha de uma grande tensão.
Biden também está de olho na Carolina do Sul, onde os democratas realizarão suas primárias em 3 de fevereiro, marcando o início oficial do processo de nomeação do partido -- e Biden deve consegui-la sem problemas, enquanto sua campanha planeja um segundo confronto com Trump.
Ron DeSantis encerrou sua campanha presidencial no domingo com frase falsamente atribuída a Winston Churchill: 'O sucesso não é definitivo, o fracasso não é fatal: é a coragem de continuar que conta'.
Organizações relacionadas ao legado de Churchill abordaram a citação fabricada.
'Seja qual for o enquadramento, o último ato do governador DeSantis foi uma derrapada', disse Kevin Ruane, especialista em Churchill.
(Reportagem de James Oliphant)
Escrito por Reuters
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