O 'Mundo Maravilhoso' de Louis Armstrong

Saiba mais sobre a lenda do trompete e uma das figuras mais marcantes do jazz

Publicada em 8/4/2023 8:00:00 AM

Em cerca de 50 anos de gravação, Louis Armstrong já passou por quase todos os gêneros, desde o hot jazz da década de 1920 até as mais belas baladas românticas já escritas na história da música.

Entre os seus grandes duetos, aqueles com Ella Fitzgerald são o tipo de música de que nunca nos cansaremos. Sem esquecer das suas gravações com sua banda Louis Armstrong and His Hot Five, verdadeiras aulas que evidenciam o amplo alcance do jazz norte-americano e, particularmente, de Nova Orleans.

O homem nascido no dia 04 de agosto de 1901, que ficou conhecido mundialmente como ‘Pops’ e ‘Satchmo’, era um embaixador da felicidade, com seu trompete, sorriso e vontade de 'viver para o público'. Todo esse conjunto de atributos o ajudou a se tornar um ícone do século XX.

Toque para aumentar

A tamanha habilidade na arte de tocar seu instrumento, trompete, cuja experiência técnica e genialidade veio a partir de sua imaginação musical, o consagrou como uma referência valiosa para praticamente todos os músicos de jazz, desde os anos 1920 até hoje. Em sua série sobre Jazz, o documentarista Ken Burns afirma que: “Armstrong é para a música o que Einstein é para a física”.

Como era de se esperar de alguém que tem uma discografia extensa, Louis Armstrong tem um catálogo repleto de grandes sucessos. Saber por onde começar é fundamental.

Para compreender a sua grandiosidade musical, é essencial conferir os volumes 1 e 2 de “Louis – The Best of Louis Armstrong” ou o conjunto de 4 CDs, “Satchmo": Ambassador of Jaz”, que inclui alguns materiais inéditos, descobertos recentemente, e uma entrevista fascinante de uma hora com o músico.

Além disso, as suas obras com Ella Fitzgerald, “Ella & Louis” e “Ella & Louis Again” definem o que é fazer um dueto de jazz. Da mesma forma, Louis Armstrong já encontrou músicos como Sy Oliver´s Orquestra e Oscar Peterson que são outros exercícios de brilhantismo.

Um fato interessante sobre a transgeracional “What a Wonderful World”, escrita pelo produtor Bob Thiele e o músico George Weiss, é que antes do trompetista aceitar gravá-la, os dois compositores a ofereceram para Tony Bennett. Mas, ele recusou a música.

Quando pediram para Armstrong definir o jazz, ele disse. “Jazz é o que eu toco para viver”. Poucas pessoas ganharam a vida dando tanto para tantos. A sua compreensão inata de dominar instrumento, combinada com o talento vocal e a personalidade marcante, o tornam irresistível para milhões de pessoas ao redor do mundo.

Desde a sua primeira gravação como o segundo corneteiro na banda King Oliver's Creole Jazz, em abril de 1923, até a sua última aparição pública no Waldorf Astoria de Nova York, em março de 1971, Louis Armstrong sempre acreditou que a sua missão era “agradar ao povo”. O seu legado foi um divisor de águas para a definição do jazz.