Percussionista brasileiro recordista do pop mundial

O que Elton John, Earth, Wind and Fire, Michael Jackson e Madonna têm em comum? Todos eles fizeram parceria com Paulinho da Costa. Para aqueles que não conhecem, ele foi o responsável por adicionar sutis influências latinas em alguns dos maiores sucessos da música pop internacional, tornando-se um dos percussionistas mais renomados do Brasil.

Hoje, em 31 de maio, Costa completa 75 anos. Além dos artistas mencionados anteriormente, o carioca já gravou com mais de 900 músicos e acumula mais de 1700 gravações em seu currículo. Ele colaborou em faixas com nomes como Aretha Franklin, Ella Fitzgerald, Lionel Richie, Eric Clapton e Bob Dylan.

Embora seja amplamente reconhecido entre músicos ao redor do mundo, ele é praticamente desconhecido no Brasil, fato que não o incomoda nem um pouco, afirmando que "é apenas o meu trabalho". Para ter uma melhor noção de sua grande contribuição musical, conheça alguns dos melhores momentos de Paulinho da Costa.

O artista começou sua jornada musical muito cedo, formando sua primeira banda aos cinco anos de idade. Vinte anos depois, já estava tocando ao lado de Sérgio Mendes e o grupo Brasil '77. Em seguida, ele se mudou com sua família para Los Angeles. Sua participação no sucesso do grupo The Miracles, liderado pela lenda Smokey Robinson, intitulado "Love Machine", impulsionou sua carreira como músico de estúdio. Essa música se tornou sua primeira de muitas a alcançar o primeiro lugar nas paradas norte-americanas.

A partir daí, ele trouxe uma fusão de sons brasileiros, mexicanos, cubanos e africanos para álbuns que alcançaram discos de platina e produziu canções eternas, vencedoras de Grammys, Globos de Ouro e Oscars. Ele se tornou uma peça rara e fundamental na indústria musical. "Eu sempre me senti convidado a fazer parte de um projeto. Nunca me senti apenas um músico em um canto, pois eles sempre me trataram com muito respeito. Senti como se estivesse colaborando", refletiu Costa.

Ele é um visionário, com a habilidade de enriquecer ainda mais obras extraordinárias. Um exemplo disso foi sua participação na faixa "Wanna Be Startin' Somethin'" de Michael Jackson, na qual inseriu o som da cuíca no meio da canção (ouça com atenção entre 2min23s e 2min30s). Além disso, o músico também adicionou o som de uma cabaça metálica em "Billie Jean" e, surpreendentemente, foi um dos elementos cruciais na canção "We Are The World".

O percussionista contribuiu em sucessos como "All Night Long" de Lionel Richie, "(I've Had) The Time of My Life" do filme Dirty Dancing, além das gravações de “Come Fly With Me” e “Going Out Of My Head” de Ella Fitzgerald. Ele também participou do tributo de 1981 que Ella fez ao compositor brasileiro Antônio Carlos Jobim.

Em 1986, Madonna convidou Costa para adicionar um toque especial em uma de suas faixas. No entanto, a artista pop se deparou com um problema: a música ainda não tinha um nome, e ela queria um título latino, mas não sabia qual. Então, ela pediu a ajuda do percussionista. Ele ligou para um amigo mexicano seu, que era um mecânico especializado em consertar carros da marca Mercedes, e esse amigo sugeriu 'La Isla Bonita'. A cantora adorou a ideia e assinou em seguida! A colaboração foi tão bem-sucedida que ele foi convidado a participar do videoclipe da música, onde aparece logo na primeira cena tocando bongo.

Esse músico, capaz de criar uma base musical usando apenas duas colheres de cozinha (na música "Brazilian Rhyme" do Earth, Wind and Fire), pode ser considerado abertamente um gênio. Não apenas isso, mas ele é um dos maiores nomes da música brasileira. Em sua casa, ele possui quase uma tonelada de instrumentos de percussão de diferentes partes do mundo. Esse músico é Paulinho da Costa. Portanto, hoje vamos fazer uma celebração explosiva de suas heranças musicais.

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