Tanques de fabricação estrangeira são alvo prioritário das forças russas na Ucrânia, diz Putin
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MOSCOU (Reuters) - O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que o fornecimento ocidental de armas para a Ucrânia não mudará nada no campo de batalha, mas apenas aumentará ainda mais o conflito, acrescentando que os tanques de fabricação estrangeira são um 'alvo prioritário' para as forças de Moscou.
Putin, em comentários à televisão estatal feitos após uma cúpula da Otan na qual a Ucrânia ganhou a promessa de uma eventual adesão, também reafirmou sua posição de que tal medida ameaçaria a própria segurança da Rússia e aumentaria ainda mais as tensões globais.
'O fornecimento de novas armas apenas agravará a situação... e alimentará ainda mais o conflito', disse Putin.
Questionado sobre a decisão da França de fornecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro de longo alcance que podem viajar 250 km, Putin disse: 'Sim, eles causam danos, mas nada crítico acontece na zona de guerra com seu uso'.
Putin acrescentou que os tanques de fabricação estrangeira são 'um alvo prioritário para nossos homens'.
Os países ocidentais têm fornecido bilhões de dólares em armas à Ucrânia desde que as forças russas invadiram o país em 24 de fevereiro de 2022, no que Putin chama de 'operação militar especial' para 'desnazificar' o país.
Em uma cúpula na capital da Lituânia, Vilnius, nesta semana, os líderes da Otan concordaram que a Ucrânia deveria se juntar à aliança militar em algum momento no futuro, mas não chegaram a oferecer a Kiev um convite imediato.
Os países do G7 também revelaram uma estrutura internacional para a segurança de longo prazo da Ucrânia para fortalecer suas defesas contra a Rússia e impedir Moscou de futuras agressões.
Em sua primeira resposta pública a esses movimentos, Putin reiterou a forte oposição de Moscou à adesão da Ucrânia à Otan, dizendo que isso ameaçaria os próprios interesses estratégicos da Rússia.
'Isso não aumentará a segurança da própria Ucrânia. E, em geral, tornará o mundo muito mais vulnerável', disse ele.
Qualquer país tem o direito de melhorar sua segurança, acrescentou, mas não às custas de outro país.
(Reportagem da Reuters)
Escrito por Reuters
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