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UE suspende contramedidas contra tarifas dos EUA

Placeholder - loading - Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen 09/04/2025. REUTERS/Yves Herman
Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen 09/04/2025. REUTERS/Yves Herman
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Por Philip Blenkinsop e Joe Cash e Andrea Shalal

BRUXELAS/PEQUIM/WASHINGTON (Reuters) - A União Europeia fará uma pausa em suas primeiras contramedidas contra as tarifas dos Estados Unidos depois que o presidente Donald Trump reduziu temporariamente as pesadas taxas que acabara de impor a dezenas de países, disse a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta quinta-feira.

O bloco deveria adotar contratarifas sobre cerca de 21 bilhões de euros de importações dos EUA a partir da próxima terça-feira em resposta às tarifas de 25% de Trump sobre aço e alumínio. A UE ainda está avaliando como responder às tarifas de automóveis dos EUA e às taxas mais amplas de 10% ainda em vigor.

'Queremos dar uma chance às negociações. Enquanto finalizamos a adoção das contramedidas da UE que tiveram forte apoio de nossos Estados-membros, nós as colocaremos em espera por 90 dias', disse Von der Leyen no X.

A decisão de Trump na quarta-feira de suspender a maior parte de suas novas tarifas trouxe alívio para os mercados e líderes globais, mesmo que ele tenha intensificado uma guerra comercial com a China.

A reviravolta, que ocorreu menos de 24 horas após a entrada em vigor das novas tarifas, deu-se após o episódio mais intenso de volatilidade do mercado financeiro desde os primeiros dias da pandemia da Covid-19.

Os índices acionários dos EUA dispararam com a notícia, e o alívio continuava nos pregões asiáticos e europeus nesta quinta-feira.

Antes da reviravolta de Trump, o nervosismo havia apagado trilhões de dólares dos mercados de ações e levado a um aumento inquietante nos rendimentos dos títulos do governo dos EUA, o que pareceu chamar a atenção do presidente norte-americano.

Enquanto isso, a China rejeitou o que chamou de ameaças e chantagens de Washington.

Trump manteve a pressão sobre a China, a segunda maior economia do mundo e o segundo maior fornecedor de importações dos EUA, com um aumento das tarifas sobre as importações chinesas para 125% em relação ao nível de 104% que entrou em vigor na quarta-feira.

Ele também assinou uma decreto com o objetivo de reduzir o controle da China sobre o setor de transporte marítimo global e revitalizar a construção naval dos EUA.

GUERRA COMERCIAL

A China 'seguirá até o fim' se os EUA insistirem em seu próprio caminho, disse o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yongqian, em uma coletiva de imprensa regular. A porta da China está aberta para o diálogo, mas ele deve se basear no respeito mútuo, disse o ministério.

Pequim pode responder novamente depois de impor tarifas de 84% sobre as importações dos EUA na quarta-feira.

Trump, que afirma que as tarifas têm como objetivo corrigir os desequilíbrios comerciais dos EUA, disse que uma resolução com a China sobre o comércio também é possível. Mas autoridades disseram que priorizarão as negociações com outros países, já que o Vietnã, o Japão, a Coreia do Sul e outros se alinham para tentar chegar a um acordo.

PAUSA DA UE

Na Europa, os rendimentos dos títulos públicos da zona do euro saltaram, os spreads se estreitaram e os mercados reduziram suas apostas em cortes de juros pelo do Banco Central Europeu após o último anúncio de Trump. As ações europeias subiam.

A medida de Trump foi um passo importante para a estabilização da economia global, disse Von der Leyen antes de anunciar a pausa nas contratarifas da própria UE.

Mas ela alertou que as medidas podem ser retomadas.

'Se as negociações não forem satisfatórias, nossas contramedidas entrarão em vigor. O trabalho preparatório para novas contramedidas continua', disse ela, antes de acrescentar: 'Como eu já disse antes, todas as opções permanecem sobre a mesa'.

A reversão de Trump sobre as tarifas impostas a outros países também não é absoluta. Uma tarifa geral de 10% sobre quase todas as importações dos EUA permanecerá em vigor, informou a Casa Branca. O anúncio também não parece afetar as tarifas sobre automóveis, aço e alumínio que já estão em vigor.

A pausa tarifária dos EUA também não se aplica às taxas pagas pelo Canadá e pelo México, pois seus produtos ainda estão sujeitos a tarifas de 25% relacionadas ao fentanil se não estiverem em conformidade com as regras de origem do acordo comercial entre EUA, México e Canadá.

(Texto de John Geddie e Ingrid Melander)

Escrito por Reuters

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