A Revolução do Glam Rock: Quando a Música Se Tornou Arte
Conheça o gênero que desafiou a austeridade e redefiniu a rebeldia com estilo
Publicada em
Nos anos 1970, a Grã-Bretanha parecia afundar em um limbo cinzento. O fervor do utópico "Verão do Amor" havia se dissipado, dando lugar a crises econômicas, tensões políticas e uma sensação generalizada de decadência nacional. Nesse cenário melancólico, o glam rock surgiu como um raio de luz, trazendo uma explosão de cores, sons eletrizantes e uma atitude desafiadora. Mais do que um simples gênero musical, ele se tornou uma declaração cultural, um antídoto contra o tédio e a seriedade que haviam tomado conta da cena musical da época.
Enquanto o mercado estava sendo preenchido cada vez mais com artistas com um padrão: ‘cabelos longos, jeans desbotados que abraçavam a introspecção e os ideais remanescentes do Flower Power’; o glam rock oferecia o oposto: rejeitava a austeridade e celebrava o diferente. Não queria mudar o mundo — queria escapar dele. Com maquiagens marcantes, figurinos extravagantes e uma teatralidade que beirava a performance artística, o glam era mais que música, era uma celebração descarada do exagero. Como um 'delírio coletivo’ que desafiava as convenções e instigava o público a sonhar mais alto.
O Glamour Pop de Elton John
Embora mais associado ao pop, Elton John flertou intensamente com o glam rock no início de sua carreira. Músicas como “Saturday Night’s Alright (For Fighting)” e “Crocodile Rock” trouxeram uma energia vibrante e dançante, enquanto seu visual, repleto de brilho e teatralidade, complementava a estética provocativa do movimento. Sua participação como Pinball Wizard na adaptação cinematográfica de ‘Tommy’, em 1975, consolidou sua imagem como um ícone visual do período.
David Bowie como Ziggy Stardust: O Símbolo de uma Era
David Bowie foi um dos nomes mais marcantes do movimento glam rock, ainda que sua passagem por ele tenha sido breve. Com Ziggy Stardust,o artista criou um personagem andrógino e cativante, embalado por sucessos como “Starman” e “The Jean Genie”. Inspirado por ícones como Andy Warhol e pelo rockabilly de Vince Taylor, a persona personificava a excentricidade do glam.
A lendária apresentação de Bowie no Top of the Pops em 1972, com o braço sobre o guitarrista Mick Ronson, tornou-se um marco cultural. Contudo, no verão de 1973, Bowie aposentava Ziggy após um show histórico no Hammersmith Odeon, sinalizando sua inquietude criativa e a busca por novos caminhos.
Freddie Mercury: O Glam que Nunca Saiu de Moda
Freddie Mercury, por sua vez, elevou o glam rock a novas alturas. Com raízes no estilo mod dos anos 1960 e influências de Jimi Hendrix, Mercury trouxe aos palcos uma presença magnética. Quando o Queen começou a ganhar notoriedade, o vocalista abraçou completamente sua natureza exuberante, adotando figurinos teatrais que iam muito além da norma dos anos 1970.
Veja também:
PARTICIPE DA PROMOÇÃO “OUÇA E CONCORRA”!
A Antena 1 Quebra Recorde: São 5 Milhões de Ouvintes no Brasil
Descontos especiais para distribuidores
SALA DE BATE PAPO