Mick Jagger: a lenda do rock completa 80 anos
Da música à moda, descubra como os Rolling Stones influenciaram a cultura em nível global
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Em 6 décadas de carreira, Mick Jagger, que estabeleceu o seu nome no mundo da música como o vocalista dos Rolling Stones, se tornou sinônimo de rock’n’roll. O formato do gênero como o conhecemos atualmente se deve muito a esse artista, que chega nesta quarta-feira (26) aos 80 anos de idade ainda em plena atividade.
Porém, é possível questionar, o que o Rolling Stones fez diferente de todas as outras bandas pequenas, que surgiram no subúrbio da Inglaterra, nos anos 60? Vamos compreender os gatilhos que impulsionaram a banda a se consagrar em diversas vertentes artísticas.
Influências musicais do gênero blues
Durante a sua célebre carreira, os Rolling Stones colocaram a sua própria marca em muitas das canções icônicas que influenciaram o movimento de popularização do blues, com uma pitada de rock, entre as grandes massas. Pioneiros do gênero, como Muddy Waters, Chuck Berry e Robert Johnson, provocaram um grande impacto nos jovens ingleses, através de elementos que iam desde a sonoridade da guitarra de Keith Richards até os vocais e composições de Mick Jagger.
Uma famosa história dos Stones é como surgiu o nome da banda. Isso ocorreu em 1962 e foi tudo por conta do blues. Um dia, o membro fundador Brian Jones ficou encarregado de ligar para a revista Jazz News para colocar um anúncio do primeiro show da banda em suas páginas. Quando questionado sobre o nome do grupo, seus olhos foram direto para a primeira música de um álbum de Muddy Waters caída no chão: “Rollin' Stone”. Futuramente, a banda ia tocar com grandes nomes do gênero e sempre prestar homenagem às origens de sua sonoridade.
Mestre do carisma com canções revolucionárias
Embora os Stones tenham começado fazendo covers de canções de blues, o trabalho de composição de Jagger e Richards é uma das parcerias de maior sucesso na indústria musical. Nos anos 60 em diante, eles foram responsáveis por uma série de sucessos marcantes. Na canção "(I Can't Get No) Satisfaction" a dupla criou um hino anti-status-quo, que representava uma manifestação contra as pressões socioeconômicas do sistema da época. A banda gostava de desafiar as convenções e normas. As suas canções sempre traziam um espírito de rebeldia, contracultura e rock’n’roll.
Além disso, eles descobriram uma força grande que firmou ainda mais o nome do grupo: as grandes apresentações ao vivo. Jagger disse, em 1962, que eles não queriam ser conhecidos como "um grupo de rock'n'roll", mas sim pelos célebres shows, eles queriam ser vistos como "o maior grupo de rock e roll band do mundo”.
Capas de álbuns icônicas e novas tendências na moda
Com a criatividade aflorada, a banda sempre foi fora da curva em relação a escolhas artísticas e estéticas para projetos. Os Rolling Stones andavam com os artistas Andy Warhol e Robert Frank e, essas convivências abriram novos caminhos para pensar em capas irreverentes para álbuns. Sempre muito certeiro em suas decisões, a banda ousava nas fotografias, registradas por Nicholas Wright ou David Bailey.
“O figurino ajuda você a ser o artista”, disse Jagger, que ao longo da carreira usou diversas roupas icônicas. O vocalista nunca teve medo de inovar no universo da moda, seja vestindo um macacão de lantejoulas justo, uma cartola, ou o famoso “vestido” de voile branco (aquele que usou durante o seu show de 1969 no Hyde Park). Para ele e o mundo, o Rolling Stones representava a mais pura liberdade e rebeldia que o rock’n’roll exalava.
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