#TBT: 52 anos do museu de rock do Hard Rock Café
Entenda como o restaurante se tornou uma referência no mundo da música, culinária e turismo
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O Hard Rock Café conseguiu fazer o que parecia impossível: juntar um museu com um restaurante. Esta não era, entretanto, a intenção dos empreendedores Isaac Tigrett e Peter Morton quando fundaram o estabelecimento em junho de 1971, em Londres. Sua ideia, na verdade, era trazer um gostinho da culinária fast food norte-americana para as terras inglesas.
No começo, o restaurante só tinha algumas mesinhas, mas alguns frequentadores fizeram tudo o que podiam para mudar isso. O principal catalisador foi o guitarrista Eric Clapton – o artista gostava de ficar num canto do bar que costumava ser ocupado por George Harisson, guitarrista dos Beatles.
Agindo conforme seu clima típico de rivalidade, Clapton ofereceu um dos seus instrumentos ao dono do Café em troca de algumas banquetas de bar. Assim, ele conseguiu seu lugar fixo ao lado da guitarra, e acidentalmente criou a tradição de colecionar itens do mundo do rock.
Poucos dias depois, foi a vez de Peter Townshend, guitarrista do The Who, fazer uma contribuição ao acervo para garantir o seu assento. “A minha é tão boa quanto a dele. Com amor, Pete”, escreveu no bilhete do pacote. Dizem que ele se arrependeu de conceder sua guitarra, mas não conseguiu obter o instrumento de volta.
A partir daí, cada vez mais artistas entraram na onda e passaram a doar seus objetos. Algumas das contribuições são instrumentos, figurinos, rascunhos e objetos pessoais de astros do rock. John Lennon concedeu um rascunho de “Imagine”, que está em Atlantic City; Elton John deu um piano pintado à mão para a unidade de Punta Cana, o icônico corset pontudo de Madonna já esteve presente no Hard Rock Café de Glasgow e a guitarra do Jimmi Hendrix marca presença no café original em Londres. Veja abaixo:
Na última quarta-feira (14), o primeiro museu da rede completou 52 anos de existência. Atualmente, o acervo conta com mais de 86 mil peças diferentes espalhadas pelo mundo em 165 restaurantes, 31 hotéis e resorts e 11 cassinos. O restaurante marca presença em metrópoles como Tokio, Athenas, Hong Kong, Los Aneles e Nova Iorque, e também opera em terras brasileiras. Fortaleza, Curitiba, Ribeirão Preto e Gramado são as cidades escolhidas.
Muitas pessoas colecionam brindes de cada unidade, e, de acordo com um funcionário da rede, podem esperar novidades periódicas na decoração. Em uma entrevista à Forbes, Chase McCue, diretor do setor de acervos da empresa, contou que os itens disponíveis alternam entre unidade. “Nosso objetivo é providenciar uma exposição atualizada junto com um design de interiores renovado a cada dez anos na maioria das lojas do Hard Rock. Não é uma regra fixa ou rápida, mas é onde miramos”.
Mas os itens não emocionam somente os amantes do rock. Muitos artistas frequentam o Hard Rock, e acabam se deparando com objetos antigos de si próprios e outras estrelas. Foi o caso do guitarrista Glen Matlock, um dos co-fundadores da banda Sex Pistols, quando ele visitou o porão da unidade em Londres. Segundo o guia Ashraf Mayat, o músico viu uma das suas guitarras antigas. “Ele tinha lágrimas nos olhos. Foi a sua primeira guitarra na vida, seus pais haviam comprado de presente de natal”, explicou ao jornal Mirror UK.
Apesar do tremendo sucesso da rede, os dois fundadores decidiram encerrar sua parceria ainda em 1979. Cada empresário ficou um uma parte dos negócios, até que, em 2007, decidiram vender os empreendimentos para a Tribo Seminole da Flórida. A companhia é administrada por membros e apoiadores de uma tribo indígena norte-americana federalmente reconhecida.
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Escrito por Hadass Leventhal
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