Batom Rosa Nude Está de Volta – E a Música Pop de 2010 Vai Seguir o Exemplo?

O batom rosa-chiclete está dando o que falar nas redes sociais desde sua reaparição na passarela durante a Semana de Moda de Nova York, depois de mais de uma década do seu auge. O tom que já era polêmico durante o seu sucesso também voltou a ser pauta da M.A.C., marca que decidiu reformular a composição do batom e manter a famosa cor “Snob” em seu portfólio. Como toda tendência está propícia a voltar em algum momento, algumas pessoas já previam que o produto poderia fazer sucesso novamente. Mas como isso reverbera no mundo da música?

Em 2010, várias das divas pop estavam entre as fãs declaradas do tom de batom, como Lady Gaga, Nicki Minaj, Katy Perry, e Rihanna. E, apesar de muito ter mudado na indústria musical nesses 14 anos, principalmente a forma de ouvir por plataformas digitais, muito do estilo usado pelos cantores daquela época ainda estão presentes em criações de artistas que estão no topo das paradas.

Uma das principais características era a produção altamente elaborada, com um foco em sintetizadores, batidas eletrônicas e arranjos “complexos” para maximizar o apelo comercial, com um som limpo e radiofônico. Sem contar com a elaboração de clipes caprichados, que narravam alguma história por trás da letra das canções, frequentemente abordando temáticas universais como amor, festas, superação e autoconfiança para alcançar a conexão com o grande público.

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Além disso, outra estratégia para ampliar o alcance do público era a incorporação de elementos de outros gêneros nas faixas Pop, como R&B, Dance e Rock. Isso se estendia até na questão das colaborações nas músicas, que eram muito comuns para criar hits ainda mais comerciais e elevar o peso dos nomes envolvidos na criação. Os próprios refrões também eram altamente lapidados para se tornarem cativantes, utilizando repetições e melodias simples que ficavam na cabeça.

Isso soa muito familiar se voltarmos à canção que recebeu o título de Música do Ano do VMA em 2024, “Espresso” de Sabrina Carpenter. Com uma identidade visual característica, uso de sintetizadores, temática universal na sua letra e refrão chiclete, o single se tornou um sucesso quase instantâneo. Em 5 meses, o clipe alcançou mais de 170 milhões de visualizações no Youtube e está a 22 semanas nas paradas da Billboard.

Então, mesmo que o batom rosa-chiclete com fundo frio puxado para o lilás pode ser estranhado pelo público por não estarem mais acostumados a vê-lo no dia a dia, a cultura do ano de 2010 está mais presente do que nunca, principalmente no mundo da música.

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