TBT: Há 38 anos, Festival Live Aid foi o precursor do Dia Mundial do Rock
O show duplo é considerado um dos maiores espetáculos da história da música
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Em 13 de julho de 1985, o antigo estádio de Wembley, em Londres, e o estádio John F Kennedy, na Filadélfia, foram palco de um dos maiores shows ao vivo já realizados: o Live Aid. Na época taxado como loucura, o evento se tornou tão icônico para o universo musical, tanto pela sua magnitude quanto por prenunciar a data celebratória do Dia Mundial do Rock!
Bob Geldof e Midge Ure tinham um plano audacioso de fazer um concerto ao vivo para ajudar no combate à fome na Etiópia. E não apenas um show, mas dois. No final, havia 72 mil pessoas no show do London Live Aid e 100 mil no show do Philadelphia Live Aid. Mas, ambos os números nem se comparam aos estimados 1,9 milhão de pessoas assistindo na TV em 130 países ao redor do mundo.
Paul McCartney, Sting, U2, David Bowie, George Michael e Elton John estavam entre os artistas que se apresentaram na Inglaterra. Enquanto, Bob Dylan, Duran Duran, Lionel Richie, Eric Clapton, Mick Jagger e Tina Turner marcaram presença no mesmo evento, só que no palco dos Estados Unidos.
Na Inglaterra, Sade foi uma das primeiras de muitas apresentações do dia, mas, foi uma que se destacou bem. Pouco depois das 15h, Sting subiu ao palco e foi acompanhado por Phil Collins na bateria. O set deles foi uma mistura de canções solo de Sting, The Police e de Collins. E Collins não parou por aí: ao finalizar o show, ele foi levado ao aeroporto de Heathrow para pegar um avião e chegar a tempo para se apresentar no palco do Live Aid da Filadélfia, naquela noite.
Em seguida, foi o show em conjunto do U2, com o Paul Young e David Gilmour (Pink FLoyd) na guitarra. Mas, de todos os grandes artistas que se apresentaram naquele dia, houve um acordo unânime de que a apresentação de 21 minutos do Queen roubou a cena e foi impecável do início ao fim.
A multidão foi ao delírio com o espetáculo. E para finalizar com chave de ouro, a banda tocou “We Are The Champions”. Mercury estava simplesmente hipnotizante. “Nunca tinha visto nada parecido em toda minha vida e também, nada foi calculado... foi o melhor dia de nossas vidas”, disse o guitarrista do Queen, Brian May.
Depois, David Bowie fez um show de altíssima qualidade, destacando principalmente quando cantou a canção “Heroes”. Pouco antes das 21h, Elton John subiu ao palco e estava em grande forma. Seu dueto com Kiki Dee em "Don't Go Breaking My Heart" agradou a todos, assim como "Don't Let The Sun Go Down On Me", no qual ele convidou o George Michael.
A última apresentação da noite foi a de Paul McCartney, em que ele se juntou com Bob Geldof, David Bowie, Alison Moyet e Pete Townshend no palco. No encerramento do show, todos se reuniram para cantar “Do They Know It's Christmas”.
Nos Estados Unidos, Phil Collins se juntou com Eric Clapton. Eles foram seguidos por Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones, com Collins na bateria. O set deles encerrou com o clássico “Stairway to Heaven”
No palco, em seguida, entrou o Duran Duran junto com Patti Labelle. Esta apresentação ficou marcada como a última do grupo norte americano em quase 20 anos – depois dessa, os cinco integrantes originais não tocaram juntos até julho de 2003.
Eddie Kendricks e David Ruffin do The Temptations se juntaram a Hall & Oates e fizeram uma apresentação épica que misturou o pop rock com o soul. Para a surpresa de todos, o Rolling Stones não se apresentou junto. Mick Jagger apareceu com Tina Turner e Keith Richards e Ronnie Wood acompanharam Bob Dylan.
Um dos momentos mais marcantes da apresentação dos dois Stones com Dylan foi quando quebrou uma corda do violão de Bob e Ronnie teve que dar a ele o seu violão. Enquanto esperava por um novo, Wood tocou guitarra imaginária no estilo de Pete Townshend, girando seu braço em círculos.
Assim como no Reino Unido, o show na Filadélfia encerrou com a canção beneficente “We Are The World” com todos os artistas reunidos no palco.
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