TBT: Primeiros sinais de 'Back To Black' de Amy Winehouse
Há 17 anos foi lançado o maior álbum de sua carreira
Publicada em
17 anos atrás, a Island Records anunciou o segundo álbum de Amy Winehouse, “Back To Black”. Fortes emoções tomaram conta daqueles que acompanhavam a carreira da jovem inglesa de 23 anos. Sua estreia para o mundo se deu três anos antes, em 2003, quando a cantora/compositora lançou “Frank”. Porém, mesmo com um som elegante, cujos fãs de Jazz, Funk e Soul apreciaram, ele não deu a cantora um destaque popular.
Contudo, ninguém poderia prever a mudança drástica que ocorrera nesse curto período com Winehouse. A chave da cantora, que antes tinha feito canções brincalhonas e confiante, virou. Explorando a turbulência emocional que viveu com o seu ex-namorado, Blake Fielder-Civil, ela construiu uma nova obra muito mais sombria e autobiográfica. E quem diria que todas essas canções sobre suas batalhas internas e externas resultariam em mais de 16 milhões de cópias vendias?
A maior canção do álbum foi “Rehab”. O sucesso dançante que tem influências do Soul e Jazz dos anos 1960, conta uma batalha real da vida de Winehouse contra o vício. Esse primeiro single revelou a força que o novo projeto teria no mundo- se classificando no topo de paradas musicais pelo mundo. Só ele, deu a cantora três troféus do Grammy, entre os quais Canção do Ano e Gravação do Ano.
A canção-título anda ao seu lado no quesito de popularidade. Ela foi escrita pela cantora junto com o produtor Mark Ronson- que assumiu o papel de dirigir seis das onze canções do disco. Ele ajudou Amy a criar beleza a partir do sofrimento dela, retratando seu triste coração, que tinha sido partido por conta da infidelidade do ex-namorado. Ele ainda contou que demoraram apenas duas ou três horas para escrever a letra e compor a melodia.
Ela foi uma espécie de desabafo da artista, que buscou uma forma de se expressar através da arte. Isso fica claro desde a primeira palavra da música: "ele", o amante que foi embora e "não deixou tempo de se arrepender". Usou a metáfora “black” para refletir a depressão que estava sentindo. Phil Spector, o responsável pela produção sonora, construiu um arranjo perfeito para a letra: com uma atmosfera fúnebre, cordas melancólicas e uma guitarra expressiva e melodiosa.
A genialidade da artista junto com os gostos precisos de Ronson e seu aliado Salaam Remi, transformaram o álbum, que mistura R&B, Soul, Blues e Jazz, em ouro. Sua sonoridade única, de altíssima qualidade, influenciou uma geração de cantoras que apareceram em seguida. Sob qualquer ótica, “Back to Black” é considerada uma das maiores obras do século XXI, se não a maior. Atualmente, ele está na lista da Rolling Stone dos 500 Maiores Albuns de Todos os Tempos.
Contudo, muitas vezes o que é bom demais para os outros, é ruim para si. E, nesse caso, foi exatamente isso. Esse projeto se transformou num fardo pesado demais para Amy. Como ele abordava o término do relacionamento cujo a cantora era completamente apegada, ela se manifestou que cada vez que subia ao palco para cantá-las, todas as suas desilusões voltavam à tona.
Em 2010, um ano antes de sua morte, ela admitiu que não queria mais cantar as canções antigas. Porém, a roda da indústria precisava continuar e com um álbum de sucesso, que ainda lhe vendia bem, ninguém permitiu tal feito. A demanda insaciável do público, fez com que mais e mais shows fossem agendados. Com isso, se foi a saúde da estrela- que estava deteriorando a olhos vistos.
O legado que a obra deixou é uma parte fundamental do testamento musical de Amy. Ela transformou as tragédias da sua vida pessoal no segundo maior disco vendido do século. O realismo cru misturado com sua autenticidade autobiográfica a transformaram na figura icônica que é. E ainda bem que até hoje é possível rir, chorar e ouvir sem cansar todas as suas canções, porque é isso que à mantêm entre nós.
Veja também:
HARRY STYLES LANÇA VIDEOCLIPE DE “SATELLITE”
MET GALA: DUA LIPA, JENNIFER LOPEZ, BILLIE EILISH E MUITOS OUTROS
Descontos especiais para distribuidores
SALA DE BATE PAPO