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As 10 melhores músicas de todos os tempos

Confira o ranking feito pela revista Rolling Stone

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A revista Rolling Stones, famosa por suas listas de melhores artistas, álbuns e músicas, lançou uma versão atualizada das 500 melhores músicas de todos os tempos. Baseando-se na opinião de mais de 250 artistas, escritores e figuras da indústria, a revista construiu uma lista cheia de clássicos favoritos do público e novas obras. Confira com a Antena 1 as 10 melhores do ranking.

10. “Hey Ya!” - Outkast (2003)

Escrita por: André Benjamin


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Todos se lembram do videoclipe produzido por André 3000 mostrando 8 versões diferentes dele vestidos em roupas verdes chamativas tocando em frente a uma plateia e rodeando um caixão. Mas poucos pensam no valor musical da composição dessa canção que incorpora os gêneros funk, pop, R&B, rap e rock. Inicialmente nomeada “Thank God For Mom And Dad”, a letra da faixa retrata os desafios de manter um relacionamento romântico vivo e mostra uma crítica sobre relacionamentos que continuam vivos por tradição e conforto, mesmo que os parceiros não sintam mais nada um pelo outro. O sucesso foi tanto no início dos anos 2000 que ela se tornou a primeira canção a ter sido baixada 1 milhão de vezes no Itunes.

9. “Dreams” - Fleetwood Mac (1977)

Escrita por: Stevie Nicks

Fleetwood Mac - Dreams (2004 Remaster): ouvir música com letra | Deezer
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Diante de um amor dizendo a ela para seguir seu próprio caminho, Stevie Nicks escreveu “Dreams”. Para a criação da canção, a cantora refletiu sobre a tormenta de seu relacionamento com Lindsey Buckingham e a compôs em cerca de 10 minutos, segundo ela. Com apenas um teclado, um padrão de bateria e um toca-fitas ela criou o maior hit do Fleetwood Mac.

8. “Get Ur Freak On” - Missy Elliott (2001)

Escrita por: Missy Elliott e Timbaland.

Get Ur Freak On - Wikipedia
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Missy Elliott não obedecia a nenhum padrão das estrelas femininas de sua época, e isso é o que deixava suas canções tão únicas. “Get Ur Freak On” foi um projeto tão diferente que a fez temer a recepção do público. “Eu estava tipo, ‘Tim, você tem certeza de que isso não é muito à esquerda para que as pessoas não entendam? Parece alguma coisa japonesa misturada com uma batida de hip-hop’”. Mas diferente do que pensavam, seu som funk espacial e futurista dominou as rádios no final dos anos 90.

7. “Strawberry Fields Forever” - The Beatles (1967)

Escrita por: John Lennon e Paul McCartney.

Magical Mystery Tour – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Apesar de ser uma das pessoas mais requisitadas do mundo em 1966, John Lennon surpreendeu ao escrever uma canção delicadamente solitária como “Strawberry Fields Forever”. Com ela, o cantor abriu uma nova era psicodélica dos Beatles, mudando a forma como a música pop era ouvida e feita.

Baseada em suas dolorosas memórias de infância, a música faz alusão ao orfanato de Liverpool onde Lennon costumava brincar quando era menino, chamado “Strawberry Field”. O cantor, porém, decidiu fazer a canção para os ouvintes relacionarem a “qualquer lugar que eles queiram ir”. Então, apesar de ser cheia de dor, os Beatles fizeram com que a faixa parecesse um convite irresistível aos fãs.

6. “What’s Going On” - Marvin Gaye (1971)

Escrita por: Marvin Gaye, Renaldo Benson e Al Cleveland.

What's Going On (album) - Wikipedia
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What's Going On” é um apelo delicado pela paz na Terra, cantado por um homem que estava no auge de uma crise própria. Em 1970, Marvin Gaye era a principal estrela masculina da Motown, mas estava frustrado com o papel que desempenhava em seus próprios sucessos. Devastado pela perda da parceira de dueto Tammi Terrell, que havia morrido naquele mês após uma batalha de três anos contra um tumor cerebral, preso em um casamento turbulento com Anna Gordy e atormentado pelo relacionamento com seu pai puritano, Gaye percebeu que devia cuidar de si mesmo antes de ajudar os outros.

“Se eu estivesse defendendo a paz”, disse Gaye, “sabia que teria que encontrar paz em meu coração”. Inicialmente rejeitado como não comercial, “What’s Going On” foi a melhor conquista de estúdio de Gaye, um presente atemporal de cura.

5. “Smells Like Teen Spirit” - Nirvana (1991)

Escrita por: Kurt Cobain

Smells Like Teen Spirit – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Em 1991, ninguém poderia dizer que “Smells Like Teen Spirit” logo tornaria o rock underground de Seattle em o novo mainstream da época e promoveria Kurt Cobain, um jovem “problemático” com uma ética estrita da cultura indie, em uma mega-celebridade.

Cobain “tinha aquela dicotomia entre raiva e alienação punk”, disse o produtor Butch Vig, “mas também essa sensibilidade pop vulnerável. Em ‘Teen Spirit’, grande parte dessa vulnerabilidade está no tom de sua voz”.

O cantor chegou a afirmar que não gostava tanto desse hit. “Há muitas outras músicas que escrevi que são tão boas, se não melhores”. Poucas músicas de qualquer artista, porém, remodelaram o rock and roll de forma tão imediata e permanente.

4. “Like a Rolling Stone” - Bob Dylan (1965)

Escrita por: Bob Dylan.

Like a Rolling Stone – Wikipédia, a enciclopédia livre
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Em junho de 1965, o jovem Bob Dylan que tinha acabado de completar 24 anos compôs durante sua turnê na Inglaterra uma de suas canções mais conhecidas de sua carreira. Ela se destacou muito pela sua combinação revolucionária de passagens de guitarra, acordes de órgão e a voz característica de Dylan, ao mesmo tempo jovem e debochadamente cínica.

Na época, o cantor começou a escrever um trecho extenso de versos - 20 páginas em um relato, seis em outro - que era, disse ele, "apenas uma coisa rítmica no papel sobre meu ódio constante, direcionado a algum ponto que fosse honesto". De volta a casa, Dylan aguçou a expansão durante três dias até aquele refrão de confronto e quatro versos intensos repletos de metáforas penetrantes e verdades concisas.

3. “A Change Is Gonna Come” - Sam Cooke (1964)

Escrita por: Sam Cooke.

A Change is gonna come - Song Lyrics and Music by Sam Cooke arranged by  Panhandlegirl on Smule Social Singing app
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Ao escutar “Blowin' in the Wind” de Bob Dylan em 1963, Sam Cooke ficou perturbado e profundamente inspirado pela sua forma de transmitir um desafio implícito em suas canções, mesmo sendo um “garoto branco”. Cooke, o primeiro grande cantor de soul da América decidiu compor “A Change Is Gonna Come” como uma resposta e manifesto da resistência negra.

Em 11 de dezembro de 1964, quase um ano depois de gravá-lo, Cooke foi morto a tiros em um motel de Los Angeles. Duas semanas depois, “A Change Is Gonna Come” foi lançado, tornando-se o discurso de despedida de Cooke e um hino do movimento pelos direitos civis.

2. “Fight the Power” - Public Enemy (1989)

Escrita por: Carlton Ridenhour, Eric Sadler, Hank Shocklee, Keith Schicklee.

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O rapper Chuck D disse que “'Fight the Power' aponta para o legado dos pontos fortes de se destacar na música”. A criação da canção aconteceu quando o cineasta Spike Lee pediu ao Public Enemy para escrever uma trilha-sonora para o filme “Do the Right Thing” - que retratava o confronto com a supremacia branca. Então, inspirados pelo funky "Fight the Power" dos Isley Brothers, Chuck e os produtores do grupo criaram um novo grito de guerra com o mesmo nome.

Chuck D e Flavor Flav apresentam um manifesto pela revolução racial e pelo orgulho negro com versos como “Nossa liberdade de expressão é liberdade de morte”. A música era exatamente o que o filme precisava, então ela era tocada repetidas vezes, tornando-a um clássico instantâneo.

1. “Respect” - Aretha Franklin (1967)

Escrita por: Otis Redding.

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Otis Redding escreveu “Respect” e gravou-a em 1965. Mas Aretha Franklin tomou posse da música para sempre com seu cover definitivo, gravado em Nova York no Dia dos Namorados de 1967. Ele se tornou seu primeiro sucesso número 1 e o single que a estabeleceu como a Rainha do Soul.

Não há como negar a paixão contida na apresentação de Franklin, já que a cantora certamente se inspirou em seu próprio casamento tumultuado na época. “Se ela não vivesse, ela não poderia dar”, disse o famoso jornalista Jerry Wexler. “Aretha nunca faria o papel da mulher desprezada... Seu nome do meio era ‘Respeito’”.

“Respect” estimulou o rock & roll, o gospel e o blues para criar o modelo de soul music que os artistas ainda buscam hoje, como Mariah Carey que chamou Franklin de “minha mentora”. Sem contar que, as exigências da música ressoaram poderosamente durante o manifestação pelos direitos civis e na revolução feminista emergente, adequada para uma artista que cantou no funeral de Martin Luther King. A música refletia “a necessidade do homem e da mulher comuns nas ruas, do empresário, da mãe, do bombeiro, do professor – todos queriam respeito”.

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