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Artista da Semana: Queen é destaque da programação

Relembre a trajetória da banda liderada por Freddie Mercury

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É quase impossível fazer justiça a uma das bandas mais famosas e importantes do mundo. Queen dispensa qualquer tipo de apresentação. A banda formada na década de 70 conquistou os quatro cantos do planeta com os vocais inigualáveis de Freddie Mercury e os acompanhamentos musicais de Brian May, Roger Taylor e John Deacon.

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A história de Queen começa com Smile, grupo embrionário à banda. No fim da década de 1970, Brian May, o gigante da guitarra, e Roger Taylor, fenômeno da bateria, se juntaram ao cantor e baixista Tim Staffell para trabalharem juntos com música.

May e Taylor se conheceram enquanto eram alunos da Imperial College, renomada faculdade de Londres, e nenhum dos dois estavam matriculados em cursos relacionados à música: o guitarrista era aluno de astrofísica, enquanto o baterista cursava odontologia. Junto com Staffel, os amigos estavam virando atração de sucesso no campus da faculdade, tocando em festas e eventos.

Smile tinha uma legião local de fãs na faculdade e, uma noite, depois de uma apresentação, um admirador veio até o grupo manifestar seu interesse em trabalhar com o grupo. O fã em questão era Farrokh Bulsara, que futuramente se tornaria Freddie Mercury.

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Em 1970, Tim Staffell decide sair da banda porque estava em busca de outro tipo de som para sua carreira. Então, May e Taylor trataram de chamar Freddie para assumir os vocais e adicionaram um quarto membro ao grupo: John Deacon, como baixista.

Com a nova formação, o quarteto decidiu que era o momento de entrar em uma nova era. Buscando um nome mais grandioso e teatral, o grupo chegou ao nome Queen. Com uma identidade mais amadurecida, eles começaram a trabalhar com mais empenho em suas faixas.

Em 1973, pela EMI Records, Queen lança seu primeiro álbum de estúdio autointitulado. O projeto era um show de referências e mesclas, tinha desde rock progressivo até elementos de ópera. A sonoridade era original, e a voz poderosa e versátil de Freddie Mercury dava um brilho a mais nas canções.

Em 1974, o segundo álbum de estúdio chegou. "Queen II" ficou marcado não só pelas faixas, mas principalmente por sua capa icônica, que foi projetada por Mick Rock e apresentava os membros da banda em uma composição em preto e branco. Não era nada extraordinário, mas algo cativou o público e até hoje essa é uma das imagens mais icônicas do quarteto.

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No mesmo ano, Queen estava a todo vapor e lançou mais um álbum de estúdio: "Sheer Heart Attack". O disco incluía músicas que iam desde um rock mais pesado, como "Stone Cold Crazy", até baladas emotivas, como "Lily of the Valley", além da icônica "Killer Queen" que se tornou o primeiro grande sucesso internacional da banda e alcançou o Top 10 das paradas nos Estados Unidos.

O ano de 1975 marca um período de transição para Queen. Na época, a banda lançou o álbum “Night at the Opera”, um dos mais icônicos, da história não apenas do grupo, mas da música em geral.

O carro chefe do álbum é “Bohemian Rhapsody”, música que representa o auge da ambição musical do quarteto. Com seis minutos de duração, uma mescla de vários ritmos e uma letra complexa, a faixa entrou para a história por ser muito diferente de tudo o que já tinha sido feito antes.

Em 1977, Queen chega com um álbum muito mais rock. Enquanto seus demais projetos eram uma verdadeira mistura de ritmos, "News of the World" chegava para criar uma identidade de fato.

Foi com esse disco que Queen lançou duas das músicas mais icônicas de sua discografia: "We Will Rock You" e "We Are the Champions". A primeira se popularizou logo no começo, justamente pela interação do público com aquelas palmas contagiantes. A ideia foi de Brian May justamente por amar ver o público interagindo com as faixas durante os shows. Já a segunda é mais emotiva e motivacional.



Em 1978, mais um álbum de estúdio e mais uma experiência rítmica. Queen lançou “Jazz”, disco que tem um título um tanto quanto subjetivo. Assim como o título sugere, a coletânea é mais uma experimentação do quarteto em relação a ritmos.

Grande destaque desse álbum é o hit "Don't Stop Me Now". As batidas dançantes, contagiantes e envolventes, embaladas pelos vocais inigualáveis de Freddie Mercury fizeram da música mais um sucesso atemporal de Queen.



Em 1980, mais um álbum inédito foi lançado. Era uma década e, um novo Queen. Para “The Game”, foram incorporando sintetizadores e batidas mais dançantes. Isso veio como uma resposta à crescente influência da música disco na cena musical dos anos 80. O disco ainda entregou a inconfundível "Another One Bites the Dust" como hit principal.



Em 1982, Queen, que não era lá uma banda de muitos feats, fechou uma parceria icônica com David Bowie. O quarteto e o camaleão se juntaram sob o selo da EMI Records e lançaram “Under Pressure”, marcando a história da música com essa colaboração de peso.

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O álbum "The Works", de 1984, marcou um momento de virada na trajetória de Queen. O disco trouxe hits como "Radio Ga Ga" e "I Want to Break Free", e marcou a época em que Freddie Mercury dividiu a notícia da sua doença com os colegas de banda. O cantor compartilhou que travava uma dura batalha contra a AIDS. Batalha na qual anos depois custaria sua vida.

Em 1985, o quarteto viajou para o Brasil para a primeira edição do Rock in Rio e entregou uma performance que entraria para a história. Era janeiro e o calor carioca estava com tudo, mas nada impediu cerca de 250 mil pessoas de presenciarem o fenômeno Queen. Um dos momentos marcantes da história é o público cantando “Love Of My Life” a plenos pulmões.



Queen coleciona shows icônicos, impossível não citar Live Aid. O concerto que uniu os maiores nomes da música da época, tinha o objetivo de arrecadar fundos para melhorar a situação de fome na Etiópia. Como já era de se esperar, Queen fez história no palco e abrilhantou ainda mais o evento.

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No auge da carreira, a trajetória de Freddie Mercury foi interrompida. Acredita-se que o cantor contraiu o vírus do HIV no começo dos anos 80. A doença foi o desgastando pouco a pouco e cerca de dois anos antes de sua morte, o cantor parou de aparecer publicamente.

Na época, ninguém sabia ao certo o que tinha Mercury. Claro que muitas especulações permeavam o sumiço do astro, mas nada de fato confirmado. Então, em 23 de novembro de 1991, um dia antes da sua morte, ele soltou um comunicado para a imprensa, onde confirmava que era soropositivo e que manteve essa informação em segredo para proteger a sua privacidade e a dos seus.

Então, em 24 de novembro, aos 45 anos de idade, Freddie Mercury faleceu em sua casa, em Londres, ao lado dos pais. A causa da morte foi broncopneumonia, acarretada pela AIDS. A fortuna de cerca de 50 milhões de dólares foi dividida entre a família e Mary Austin, sua ex-namorada e grande amiga.

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Sem Mercury, Queen já não era mais um pacote completo. Um ano depois da morte do vocalista, em 1992, Brian May, John Deacon e Roger Taylor, junto com o empresário do grupo Jim Beach, decidiram fundar a Mercury Phoenix Trust, uma fundação de combate e conscientização sobre AIDS.

Em 1995, o grupo lançou um álbum inédito pela primeira vez após a morte de Freddie Mercury. "Made in Heaven" incluiu gravações vocais inéditas do cantor e imagens de arquivo intercaladas com novas filmagens da banda para os videoclipes.

Sem Freddie Mercury, Queen continuou como pode. Performou com os vocais de Paul Rodgers e Adam Lambert, mas nunca conseguiu o sucesso e a fama que atingiram ao lado de Mercury.

Em 2015, Brian May foi anunciado como atração do Rock In Rio, no Rio de Janeiro e, é claro que o músico não perderia a oportunidade de reviver o coro de “Love Of My Life”, 30 anos depois.



No ano de 2018, a história de Freddie Mercury e toda a grandiosidade de Queen migrou para as telonas. “Bohemian Rhapsody” virou filme.O protagonista foi Rami Malek, que inclusive, venceu o Oscar de melhor ator em 2019 por sua brilhante interpretação de Mercury.

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Hoje, quase 55 anos depois que Queen se lançou para o mundo, os vocais de Freddie Mercury ainda ecoam e não há quem não conheça a genialidade da banda que é, sem dúvidas, uma imortal da música.


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